estrategia

Mas afinal de contas, por que nos intitulamos estrategistas?

A palavra estratégia ganhou importância na última década, e agora, como apontado no Masterclass da Sandbox¹, o termo virou  adjetivo: “Cliente estratégico, Apresentação estratégica, Processo estratégico…” vai longe a lista.

 

Estratégia, para a nós, é: fazer escolhas.

Sim, isso mesmo.

 

Veja bem. Vamos pegar um exemplo baseado nos estudos do economista inglês Lionel Robins, em seu “Ensaio Sobre a Natureza e a Importância da Ciência Econômica”

 que propõem que “A economia é a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos”

Essa é sua perspectiva de  escassez.

 

A partir dessa ideal, ele apresenta um contexto em que temos necessidades infinitas. Queremos fazer tudo, e vemos que tudo é importante.

Quantas vezes, ao brifar alguém, você não disse que precisa atingir todas as idades e todas as classes sociais com a campanha? Ou que precisa fortalecer a merca e superar as expectativas de vendas?

 

Isso são suas infinitas necessidades. O único problema, é que pelo menos para a maioria das empresa, os recursos disponíveis são finitos.

Precisamos deixar claro que recurso não é só o dinheiro, mas tudo aquilo que você precisará para suprir essa necessidade: tempo, material humano, tecnologia, parceiros, fornecedores, etc.

 

E é aqui que nos deparamos com o início do nosso texto. Precisamos fazer escolhas. O que iremos priorizar?  Que táticas serão desenvolvidas, quais serão postergadas e quais serão abandonadas?

 

É comum vermos agências e empresas sendo “generalistas”. Para atender a solicitação do cliente, que em alguns casos não quer fazer escolhas, empurra-se isso pra debaixo do tapete, e tenta-se suprir muitas necessidades. Um pouco de recurso em cada lugar, abstenho de necessidade de escolher.

 

E esse é o maior erro que um estrategista pode cometer.

 

Poucos recursos alocados em muitas coisas não resolverão nenhum problema direito.

Ainda no masterclass, aparece uma celebre frase do professor Roger Martin: “muitos executivos estão mais preocupados em participar do jogo do que vencê-lo. Para vencer, é preciso fazer uma aposta sobre qual das necessidades é mais importante, qual é aquela que vai virar o tabuleiro a nosso favor”.

 

Para nós da Criathink, trabalhar com estratégia é nos alimentar do maior número possível de dados, informações e conhecimento,  para reduzir o risco dessa escolha. Antes do nosso processo criativo passamos o tempo necessário em investigações e definições de problema.

 

Com tudo embasado, podemos fazer nossas escolhas, logo, podemos afirmar que desenvolvemos estratégias.

 

 

¹Sandbox: escola de estratégia. Fizemos o curso Masterclass de Pensamentos Estratégico, que nos apresentou esse conceito.

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